Em um mundo caracterizado pela volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade (VUCA), agregado a um ambiente frágil, ansioso, não linear e incompreensível (BANI), a inteligência emocional se torna mais do que um diferencial e sim uma habilidade essencial que nos prepara para enfrentar os desafios de um ambiente de extrema incerteza.
Para melhorar a qualidade dos processos decisórios e com isso gerar valor sustentável para os stakeholders, as partes que integram a governança corporativa, como conselhos de administração, comitês e alta gerência, assumem um papel fundamental no desenvolvimento de soft skills e na manutenção de um estilo de vida saudável que promova sustentabilidade emocional.
Ao cultivar habilidades como capacidade de comunicação, capacidade para trabalhar em equipe, habilidade em defender seu ponto de vista, resiliência, autoconsciência e autoregulação emocional, , esses líderes podem impulsionar a cultura organizacional, fortalecer a coesão da equipe e navegar com mais assertividade pelos desafios inerentes ao ambiente empresarial.
Quando analisamos as empresas que têm conselhos de administração ou conselho consultivo consideramos três atributos para uma qualidade decisória:
Esses atributos, por sua vez, estão fortemente correlacionados com a inteligência emocional.
Portanto é importante entendermos como o autoconhecimento contribui para a governança corporativa:
– Aprimoramento da tomada de decisão: Membros do conselho com autoconhecimento profundo tomam decisões mais conscientes, imparciais e bem fundamentadas. Eles entendem suas fortalezas, suas vulnerabilidades, seus valores e crenças, e como esses fatores influenciam suas decisões.
– Gestão eficaz de conflitos: O autoconhecimento permite que os membros dos conselhos lidem com conflitos de forma mais construtiva e assertiva. Eles podem compreender diferentes perspectivas, comunicar-se de forma clara e encontrar boas soluções.
– Fortalecimento da comunicação: A comunicação clara e eficaz é crucial para a boa governança corporativa. O autoconhecimento ajuda os membros do conselho a expressarem suas ideias de forma clara e concisa, ouvir ativamente os outros e construir consenso.
– Construção de relacionamentos de confiança: A confiança é essencial para a boa governança corporativa. O autoconhecimento permite que os membros do conselho construam relacionamentos de confiança com outros stakeholders, como CEOs, investidores e funcionários. Eles podem ser autênticos, transparentes e éticos em suas interações.
O ponto de atenção aqui está na autoconsciência e autorregulação emocional que exigem um mergulho e muito treino.
Autorregulação Emocional permite gerenciar suas emoções de forma eficaz, especialmente em situações de estresse ou conflito.
É verdade que a jornada do autoconhecimento pode ser desafiadora, especialmente ao expor nossas vulnerabilidades e lidar com nossas próprias inquietações pode ser mais difícil do que enfrentar os desafios externos,
O autoconhecimento é uma jornada, não um destino. É um processo contínuo que pode ser desafiador, mas também muito gratificante e fará toda a diferença para a governança corporativa.