O time reclama, a esposa reclama, o corpo e a mente também já se uniram ao mesmo discurso:
Ele não dorme, não come, só trabalha, trabalha…
Quem está de fora diz que é ambicioso, desumano, frio, só pensa em sua realização profissional, mas em muitos casos, o sinônimo não é workaholic . Pode ser que o profissional esteja com pensamentos automáticos que geram alguns erros cognitivos relacionados a uma preocupação excessiva com o futuro, com o sustento da família, com uma autocritica absolutista e prisioneira da perfeição, entre outros.
Esses pensamentos automáticos desadaptativos influenciam fortemente a autoestima e os comportamentos.
Aquele que é chamado de “workaholic” tem emoção, afeto e sonha….sim há sonhos familiares, sonhos de descanso, de paz…Sonhos de não ter que olhar o celular a cada segundo, de poder dar gargalhadas e até não fazer nada, mas não consegue e não sabe por onde começar. Até parece que se desacostumou a ser humano.
Os pensamentos estão focados em resultados, metas, lidar com a equipe e em como avisar a família que novamente precisará ficar até tarde no trabalho.
As emoções geradas são de irritação, ansiedade, raiva, culpa, mas há sim uma alegria, porém como é difcil definir a intensidade dela.
E como expressão desse combustão: insônia, palpitações, cansaço profundo e a saúde emocional abalada com reflexos nas relações do trabalho e da família.
É possível mudar este quadro antes de se tornar algo mais sério ? Sim.
A saúde emocional pode ser reestabelecida a partir de alguns passos:
1) Reconhecer que precisa de ajuda
2) Permitir-se a participar de uma orientação psicológica
3) Aprender com a psicoeducação a reconhecer seus pensamentos desadaptativos
4) Aprender a racionalizar o pensamento
5) Aprender a desacelerar e continuar a ser produtivo
6) Compreender que trabalho é meio de vida e não de morte